Reforma tributária: um caminho para a justiça social no Brasil

 Sistema atual pesa mais para os pobres e mantém privilégios no alto escalão do serviço público

Por Alisson Souza - 17/08/2025 | 19:21



O sistema tributário brasileiro é considerado regressivo, pois a maior parte da arrecadação vem de impostos sobre o consumo. Isso faz com que trabalhadores de baixa renda paguem proporcionalmente mais tributos que os mais ricos, já que boa parte do salário é destinada a bens e serviços básicos.

A complexidade do modelo, com dezenas de tributos federais, estaduais e municipais, aumenta os custos das empresas e eleva os preços para o consumidor. Mesmo pagando tanto, a população sente que não recebe serviços públicos de qualidade na mesma proporção.

Outro problema é a perda constante do poder de compra. A inflação e o baixo crescimento dos salários corroem a renda, fazendo com que mesmo os reajustes não acompanhem o aumento do custo de vida. Enquanto isso, no alto escalão do serviço público, acumulam-se vencimentos muito acima da média nacional. Um exemplo marcante é o Brasil possuir mais generais do que os Estados Unidos, apesar de ter uma realidade econômica e populacional bem diferente, o que ilustra o desequilíbrio na gestão de recursos.

Diante desse cenário, uma reforma tributária justa e progressiva é essencial. Ela deve aliviar o peso sobre o consumo, aumentar a tributação sobre patrimônio e rendas mais altas e rever privilégios salariais no serviço público, transformando os impostos em ferramenta de redução das desigualdades.